Estabelecer parcerias entre instituições de ciência e tecnologia e empresas é fundamental para desenvolver a inovação no Brasil, principalmente no setor de biotecnologia, que cresce a uma taxa anual média de 12,3% ao ano. Para falar sobre esse tema, o USP Analisa desta semana recebe a professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP, Geciane Porto (foto).
Ela explica que o Sistema Nacional de Inovação é composto por três partes: grupos de pesquisa que desenvolvam aplicações para a ciência de ponta; empresas dispostas a investir em pesquisa e desenvolvimento; e o governo, por meio da criação de um marco regulatório que permita a cooperação entre elas. Porém, ainda existem entraves. “Embora tenhamos a lei de inovação de 2004 e a atualização do marco legal em 2016, há instituições cujas normas internas ainda não são suficientemente claras ou incentivadoras do processo de desenvolvimento tecnológico em conjunto, ou seja, a cooperação entre seus grupos de pesquisa e empresas”, explica Geciane.
A docente ressalta a importância do investimento em inovação para o crescimento econômico do País. “No momento em que o país deixa de gerar essa inovação, ele vai perdendo competitividade. Se ele perde competitividade, as empresas vão se tornando mais fracas e você gera uma espiral descendente que vai incentivando cada vez mais um cenário negativo”, diz ela.
O USP Analisa é uma produção conjunta da Rádio USP Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP.