Com mais de 50 anos dedicados à formação de profissionais e
importantes contribuições à pesquisa nacional, a Faculdade de Filosofia,
Ciência e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP) da USP, carinhosamente conhecida
como Filô, é considerada a unidade mais interdisciplinar do campus Ribeirão
Preto. Seus dez cursos de graduação e seis de pós-graduação reúnem mais de 2,5
mil alunos em diferentes áreas. Para falar sobre as contribuições dessa unidade
à universidade e à sociedade em geral, o USP Analisa desta semana recebe o
diretor da FFCLRP Pietro Ciancaglini.
Segundo ele, a Filô nasceu interdisciplinar e essa
característica traz um diferencial para a formação dos alunos. “Há um ganho
enorme para o aluno porque ele tem uma vivência focada não só em um
departamento, mas dentro do campus e dos diferentes conhecimentos que permeiam
as unidades de ensino. Nosso egresso tem um diferencial em qualidade com essa
vivência trans e multidisciplinar. A convivência com perfis e modos de pensar distintos
traz uma formação mais dinâmica e ele estará mais bem preparado para responder como
a sociedade precisa”.
Outra característica importante da Filô é atuar em programas
de aprimoramento profissional voltado a professores do ensino básico, que
trazem atualizações em novas tecnologias para o ensino e também em educação
inclusiva. Para Ciancaglini, a resposta desses profissionais é a melhor
possível. “A unidade está bastante empenhada em colaborar com a sociedade e
complementar a formação do professor. O próprio professor responde com demandas,
solicitando aprimoramentos com diferentes facetas”.
O diretor destaca ainda a ampliação do contato da Filô com a
comunidade, por meio de visitas guiadas aos laboratórios para estudantes e
atividades de preparação para as olimpíadas de química e matemática, o que
aproxima possíveis futuros alunos da rotina da universidade.
Ciancaglini afirma ainda a importância de se ampliar o
investimento na ciência brasileira. “Nossos parlamentares precisam entender que
dinheiro colocado em pesquisa não é gasto, é investimento. Quando se investe em
pesquisa, se estimula também a produção, porque a indústria produz insumos para
pesquisa. Financiar pesquisa é financiar a formação do futuro pesquisador e
aproximar a indústria da necessidade de produzir insumos. É um ciclo”.
A entrevista vai ao ar na Rádio USP Ribeirão Preto nesta sexta (1), a
partir das 12h, e na Rádio USP São Paulo na quarta (6), a partir das 21h. O USP Analisa é uma produção conjunta da USP FM de Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do
Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP.