Ganhar o interesse do público quando o tema é a pesquisa
científica nem sempre é uma tarefa simples. Mas investir em iniciativas que
aproximam o cidadão comum e o cientista, utilizando uma linguagem clara e
direta, têm alcançado sucesso, como o Pint of Science, um festival realizado em
mais de 20 países, incluindo o Brasil. Para falar sobre esse sucesso e sobre a
importância da difusão científica, o USP Analisa desta semana traz o
coordenador estadual do Pint of Science Juan Azevedo e o gestor de educação e
difusão do Centro de Terapia Celular da USP e coordenador do Pint of Science em
Ribeirão Preto Eduardo Vidal.
Para Vidal, as iniciativas de difusão devem ser planejadas
levando-se em conta a perspectiva da sociedade. “A gente percebe, pelas atividades que fazemos,
que quando você trabalha um assunto, seja ele de qualquer área, sem filtros com
a população, há um retorno muito mais direto. As pessoas entendem, se mostram
mais interessadas e vão pesquisar mais sobre o assunto. Às vezes acreditamos que
alguns temas não vão ser bem digeridos pela sociedade, mas é o contrário, ela também
precisa refletir e ser fonte para que as pesquisas tenham continuidade”,
afirma.
O próprio Pint of Science é um exemplo disso. Realizado pela
primeira vez no Brasil em 2015, apenas na cidade de São Carlos (SP), hoje o festival
abrange 56 cidades nas cinco regiões brasileiras. Segundo Azevedo, o segredo desse
sucesso está no formato do evento e no próprio contexto. “Quando você associa um evento que tem custo
relativamente baixo com uma estrutura simples e uma rede de pessoas
qualificadas, formadas ao longo do tempo em que as universidades foram se
estruturando, surge uma fórmula que funciona bem”.
O programa vai ao ar na Rádio USP Ribeirão Preto nesta sexta
(27), a partir das 12h, e na Rádio USP São Paulo na quarta (2), às 21h, e no
domingo (6), às 11h30. O USP Analisa é uma produção conjunta da Rádio USP
Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão
Preto (IEA-RP) da USP.